Presídio de Umuarama fica destruído durante rebelião

(Editoria)

A rebelião de presidiários na madrugada de 27 de setembro resultou na destruição de parte da carceragem do mini-presídio da 7ª Sub Divisão Policial de Umuarama. O motim foi iniciado quando os detentos souberam da presença, em cartório da delegacia, para depoimento, do suspeito do assassinato da menina Tabata Fabiana Crespilho Rosa, de 6 anos.

Enquanto o suspeito Eduardo Leonildo da Silva, 30 anos, prestava longo depoimento e indicava o local onde teria enterrado o corpo da estudante, os presidiários destruíam a carceragem. Alguns conseguiram acesso ao pátio e invadiram o prédio anexo, onde funcionam o IML (Instituto Médico Legal), o IC (Instituto de Criminalística) e o IDP (Instituto de Identificação do Paraná). Do IC, eles se apossaram de armas de fogo que estavam guardadas para perícia técnica/prova de balística e retornaram ao local de origem onde fizeram outros detentos de reféns.

Do lado externo do complexo, um grupo de pessoas promovia a depredação das instalações da SDP (delegacia), de veículos particulares, de empresas de comunicação e até mesmo viaturas policiais. Doze veículos foram consumidos pelo fogo.

Acionado, o reforço policial que chegou tarde ao local e não conseguiu impedir o prejuízo material. Apenas, uma fuga em massa. Um helicóptero da Policia Civil foi usado na operação para demonstrar força e pressão no controle da rebelião.

De acordo com o delegado-chefe da SDP, Osnildo Carneiro Lemes, a galeria ‘A’ ficou bastante prejudicada. “Foram arrancadas grades, portas, batentes da celas, destruídas instalações elétricas e hidráulicas”, explicou. Diante da situação precária, 125 presidiários foram transferidos na segunda-feira (28) para outras unidades penais da região. Restaram somente 79 no local. Algumas mulheres foram acolhidas em Foz do Iguaçu, explicou o policial.

Engenheiros condenaram a estrutura do presídio de Umuarama, que já foi ‘recuperado’ várias vezes após tentativas ou fugas consumadas de presos. Ao longo dos anos, vários buracos e túneis foram abertos no piso. Agora, a administração do sistema carcerário estuda a possibilidade de demolição completa do prédio. O delegado observa que nova casa de detenção provisória deverá ser edificada, mas em outro local da cidade. O deputado estadual Fernando Scanavaca se reuniu com o delegado e se dispôs a intermediar junto a Secretaria de Segurança Pública, a reforma ou novo projeto.

Depois dos episódios, o prefeito Celso Pozzobom teria manifestado intenção de liberar um terreno para construção do presídio, mas em área afastada no centro urbano.


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